sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Cascais: PS reitera "indisponibilidade" em gerir pelouros na Câmara

A concelhia do PS de Cascais mostrou-se hoje "indisponível" para qualquer cargo na Câmara, reiterando a decisão tomada no início do mandato de rejeitar qualquer pelouro no executivo municipal.

Depois de o presidente da Câmara de Cascais (PSD/CDS), Carlos Carreiras, ter afirmado na segunda-feira à agência Lusa que iria propor à vereação socialista a atribuição de alguns pelouros, como uma forma de "promover a união", a comissão concelhia do PS esclareceu hoje em comunicado que não está disponível para nenhum cargo no executivo.

O presidente do PS Cascais, Alípio Magalhães, refere na nota que a proposta anunciada por Carlos Carreiras é uma "hábil manobra de tentar comprometer o PS com a gestão da Câmara", adiantando que a saída de António Capucho "em nada modificará a estratégia de oposição do PS Cascais". "Os entendimentos que o PS promoveu com o Dr. Carreiras para a reforma administrativa da cidade de Lisboa não contemplam hegemonias laranja em Cascais. O PS Cascais não está à venda", concluiu. Uma semana depois de ter assumido a presidência da Câmara de Cascais por suspensão de mandato de António Capucho, Carlos Carreiras afirmou que foi criado um novo sistema executivo com novos pelouros que poderiam ser assumidos pela oposição.

Fonte: Lusa.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Cascais: Novos pelouros e novo vereador no novo sistema executivo de Carlos Carreiras

Uma semana depois de ter assumido a presidência da Câmara de Cascais (PSD/CDS), Carlos Carreiras disse hoje que foi criado um novo sistema executivo com um novo vereador e novos pelouros, que poderão ser assumidos pela oposição.

“Vamos propor ao Partido Socialista (PS) alguns pelouros novos que tratam de matérias que vão além dos ciclos eleitorais. Estes são tempos em que temos de promover aquilo que nos une”, afirmou Carlos Carreiras (PSD) à agência Lusa.

Todos os vereadores do anterior executivo de António Capucho mantêm as suas funções, à exceção de João Sande e Castro (CDS) a quem acresce, além do Desporto e Relações Internacionais, a responsabilidade de gerir a pasta da Polícia Municipal e Fiscalização.

Também Miguel Pinto Luz (PSD) passará a ter a seu cargo a área dos Sistema de Informação, Comunicação e Informação Geográfica, além dos pelouros anteriores, Assuntos Económicos, Juventude e Agenda XXI.

Além disso, antigo diretor financeiro do executivo liderado por António Capucho, Nuno Piteira Lopes, entra no quadro da vereação com a responsabilidade de gerir a pasta das Finanças, Património, Juntas de Freguesia e Associação de Moradores.

Carlos Carreiras acrescentou ainda que não haverá vice-presidente e que deixará a presidência das agências municipais que anteriormente liderava - Cascais Atlântico, Natura e Energia - as duas primeiras para o presidente da EMAC [Empresa Municipal de Ambiente de Cascais], Rui Libório, e a terceira para João Dias Coelho.

Questionado sobre se o novo sistema organizacional por si elaborado está previsto para um ano – tempo de ausência anunciado para António Capucho – ou para até final do mandato, Carlos Carreiras afirmou que irá cumprir as suas novas funções na “plenitude”, ou seja, “não se esgota, nem a um, nem a dois, nem a três anos”, disse.

Carreiras disse ainda que terá encontros quinzenais com António Capucho para alguns conselhos e para que o antigo presidente se mantenha informado.

A 28 de janeiro António Capucho anunciou a suspensão do seu mandato por um ano, por “razões estritamente pessoais”, sublinhando que deixou de reunir “condições físicas e anímicas” para exercer o cargo.

Fonte: Lusa.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Portugueses são os que menos confiam no Governo, seguros e banca

Os portugueses são os que menos confiam no Governo entre um grupo de 23 países analisados num barómetro que avalia o nível de confiança nas empresas, Governo, ONG e media, que hoje será divulgado.

De acordo com o Edelman Trust Barometer 2011, que pela segunda vez inclui Portugal, apenas 9% dos 203 inquiridos afirmou confiar no executivo. Face a 2010, o "Governo é a única instituição cujo nível de confiança se reduz", refere o estudo.

No ano passado, 27% dos inquiridos afirmou confiar no executivo, um valor que desceu para 9%. Entre os mais desconfiados nos Governos estão os irlandeses (20%) e os alemães (33%), enquanto os chineses (88%) se mostram os mais confiantes.

Na mesma linha, Portugal "é o segundo país que atribui menos credibilidade a um representante do Governo ou regulador", sendo apenas superado pela Indonésia, numa tabela liderada pelo Brasil.

Os portugueses consideram os técnicos das empresas (como cientistas ou engenheiros) os porta-vozes mais credíveis e os presidentes executivos os segundo menos credíveis. Já as Organizações Não Governamentais (ONG) são as instituições em que os portugueses mais confiam (69%), seguidas pelas empresas (47%) e os media (39%).

No que respeita às empresas, os portugueses afirmam confiar mais nas multinacionais suecas (87%) e suíças (83%), estando no fim da lista três economias emergentes: Rússia (23%), Índia (24%) a China (28%). Metade dos inquiridos afirmou confiar nas multinacionais da vizinha Espanha.

Uma análise por sectores demonstra que a tecnologia (78%) e a biotecnologia (77%) são os sectores em que os portugueses mais confiam, por oposição aos seguros (31%), serviços financeiros (31%) e banca (31%).

Na comparação com 2010, a banca e os seguros registam os maiores decréscimos em termos de confiança dos portugueses. "Apesar da reduzida confiança no sector bancário, Portugal está acima de países como Espanha (35%), Estados Unidos (25%) ou Reino Unido (16%)", refere o barómetro.

Em Portugal, o Edelman Trust Barometer 2011 resulta de uma parceria entre a consultora de comunicação GCI e a Escola de Negócios da Universidade do Porto e é baseado em entrevistas telefónicas feitas a cidadãos que vêem regularmente notícias económicas e políticas, possuem pelo menos uma licenciatura e pertencem ao escalão de rendimento mais elevado.

Link e fonte: Jornal de Negócios.